quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Cada cicatriz que trago na alma é uma rosa, para eu me lembrar sempre, que sobrevivi aos espinhos.
Elza Nack


Precisamos tão pouco da vida!
Braços amigos que abrigam.
Dias floridos que perfumam.
Noites serenas que acalentam.

Não queremos mansões geladas, mas
pequenas construções em rochas.
Simples, porém aconchegantes e harmoniosas.
Cheia de doçuras e menos amarguras.

Sorrisos brincalhões e corações afetuosos.
Viver dias de paz e coloridos.
Com sinceridade, fraternidade e ternura.
Com mais alegria e menos dor.

Da vida precisamos tão pouco!
Família, amigos queridos, junto à mesa.
Compartilhando com alegria.
Exalando felicidade e servindo com amor.
Elza Nack


Não tenho medo de amar. Eu tenho medo de conviver com a frieza, indiferença daqueles que são pequenos, vazios e não sabem amar.
Elza Nack


"Mulher menina de sorriso leve, faceiro. Que não desiste da caminhada, é forte, é guerreira. Caminha pela vida aprendendo, levando, deixando, amando, cantando, sorrindo, sofrendo. E ainda encanta aos que com a alma leve vivem ao seu redor. Mulher menina de sorriso aberto. Gosta do simples, do leve, do doce, do colorido. Vive com a poesia nas pontas dos dedos. Às vezes entristece por não encontrar, doçura, delicadeza, leveza, sorriso no seu cotidiano. Exala naturalmente toda sua alegria, magia de viver e mesmo diante de tantos dissabores ainda mantém a pureza na alma sem maldade. Seu prazer é o de espalhar sorrisos, afetos, abraçar o sol, brincar na chuva. Sentir a delicadeza das flores acariciando sua alma. Olhar seu jardim e vê-lo sorrindo como o coração de Deus." 

Elza Nack




terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

"E o meu exercício diário continua sendo decifrar as questões que a vida me dá. É quase um malabarismo, onde manter a lucidez é imprescindível. Então vasculho todos os espaços existentes em mim, E percebo que não preciso ter todas as respostas, basta não me fazer de desentendida e aceitar todas as perguntas. O maior erro do ser humano não é o vacilo que muitas vezes comete, mas se submeter a cegueira para obter somente a resposta que lhe interessa!"
Fernanda Gaona

" O pensamento pode resolver nossos problemas? Já resolveu um problema pensando nele? Qualquer tipo de problema – econômico, social, religioso – já foi alguma vez realmente solucionado por meio do pensar? Em nossa vida diária, quanto mais você pensa num problema, tanto mais complexo, mais obscuro, mais incerto ele se torna. Não é assim em nossa vida diária real? Pensando sobre certas facetas do problema, você pode ver mais claramente o ponto de vista de outra pessoa, mas o pensamento não pode ver o problema em sua inteireza, em sua completude; ele só pode ver parcialmente, e resposta parcial não é resposta completa; portanto, não é uma solução.
Quanto mais pensamos num problema, quanto mais o investigamos, analisamos, discutimos, tanto mais complexo ele se torna. Então, será possível olhar para o problema de modo abrangente, total? Como é possível isso? Parece-me que essa é a nossa dificuldade maior, pois os nossos problemas estão sendo multiplicados – há perigo iminente de guerra, há todos os tipos de perturbação no nosso relacionamento – e como podemos compreender tudo isso de modo abrangente, como um todo? Obviamente, isso só pode ser resolvido quando pudermos olhá-lo como um todo – não em compartimentos, não fragmentados. Quando isso será possível? Certamente, só será possível quando o processo de pensar – o qual tem sua origem no “eu”, no ego, no background da tradição, do condicionamento, do preconceito, da esperança, do desespero – tiver chegado ao fim."
The Collected Works vol VI, p 333

Jiddu Krishnamurti



Sinto

Sinto, em meu coração, que gosto de você.
Só não sei o quanto eu gosto de você.
Mesmo sem saber qual é essa quantidade,
Nesse sentimento, eu encontro a felicidade,
O que fortalece a minha saúde mental.
Por isso, esse sentimento, para mim, é muito legal!

Sinto, em meu coração, que você gosta de mim.
Só não sei o quanto você gosta de mim.
Mesmo sem saber qual é essa quantidade,
Neste sentimento, eu encontro a felicidade,
O que fortalece ainda mais a minha saúde mental.
Por isso, este sentimento, para mim, é genial!
Fernando Pessoa


O amor quer a posse, mas não sabe o que é a posse. Se eu não sou meu, como serei teu, ou tu minha? Se não possuo o meu próprio ser, como possuirei um ser alheio? Se sou já diferente daquele de quem sou idêntico, como serei idêntico daquele de quem sou diferente? O amor é um misticismo que quer praticar-se, uma impossibilidade que só é sonhada como devendo ser realizada. 

in O Rio da Posse
Fernando Pessoa