Para que serve o sábado de quem trabalha a semana inteira? Quantas
respostas possíveis…mas nenhuma me dá mais satisfação pessoal do que
aquela que eu tenho me dado: sábado serve, entre outras coisas, para
cuidar de mim. Fazer as unhas, cuidar do cabelo, planejar uma viajem e
depois entregar-se ao prazer da leitura e um bom café. Um dia inteiro
para amar-se sem distrações.
Reflito sobre algumas mulheres que se cuidam apenas para seus parceiros e, quando estes não estão por perto, parecem perder a energia da vida; o contato com si mesmas; a capacidade de reverter amor na sua própria direção.
Como se desconhecessem o fato que o olhar-se no espelho e decidir
cuidar da pele, perder uns quilos, ousar num novo corte de cabelo para
agradar a si e a mais ninguém são ingredientes da alquimia entorpecente
de um amor que, quando fortalecido, nunca morre: o amor próprio. Parecem
desconhecer que sem este, aquele não existe. Pelo menos não de forma
sã.
Reflito sobre a delícia de amar os momentos de solidão sem
sentir-se solitário. E ao invés de temê-los, buscá-los como momentos de
comunhão com sua individualidade, seus anseios, seus sonhos mais
infantis ou ousados.
Penso na beleza de estar em companhia pelo
prazer de estar e não pela necessidade ou conveniência. Penso nisso e
dou as boas vindas à maturidade emocional que tem enfiado o pé na porta
da mulher que sou, não obstante meus ensaios de resistência, afinal, ser
menina requer menos responsabilidade e sempre alguém “que cuide de
você” de modo que você não precise fazer o trabalho duro…
Reflito
e desprezo o medo de ser grande, acolhendo a vulnerabilidade de ser
adulto e o fato de que nada é permanente. Reconheço, com o coração na
boca, que a beleza da vida está exatamente aí: no seu movimento!
Aos
poucos me despeço do desejo de “tranquilidade” permanente e descubro
que braquicardia é para covardes. Vou encarar a taquicardia porque é
disso que sou feita: movimento, ousadia e emoção.
(Lucy Rocha)
"A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.
A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.
A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: "Aprenda com o erro"..
A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e, portanto, é Deus.
A religião inventa.
A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.
A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.
A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.
A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência...
A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualidade nos faz Transcender.
A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.
A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.
A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.
A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.
Pierre Teilhard
Não peçam pra uma mulher ser "equilibrada"
Uma mulher não veio a este mundo pra ser "equilibrada"
Uma mulher veio a este mundo pra sentir!
Sua natureza a obriga, no mínimo, uma vez por mês a olhar pra dentro, a
questionar seu estado emocional, a avaliar o quanto está sendo
influenciada pelos hormônios, pela Lua, pelo posicionamento dos astros,
ou por aquela pessoa no trabalho que ela intui que está jogando energias
nocivas pra cima dela faz tempo.
Uma mulher tem um pé no visível e outro no invisível.
Mesmo que não aceite, o invisível mexe com ela a todo instante. Seu
lado bruxa pode ser negado, mas sempre está presente influenciando suas
percepções.
Uma mulher não veio a este mundo pra ser "normal".
Quando se obriga a isto, deprime-se, desenvolve síndromes que nada mais
são do que sua alma gritando: "Pára de me aprisionar! Pára de
desenvolver um papel! Você não está sendo você mesma!".
Uma mulher que não se aprisiona vai amar e sentir raiva um minuto depois.
Vai acolher e dizer adeus quando sentir que este é o caminho.
Vai ser pai e mãe. E, ah, vai rugir quando alguém se aproximar de seus filhos.
Ser "normal" não é pra mulher.
Deuses não são "normais".
Portanto, não peçam pra uma mulher ser "equilibrada". Uma mulher vai
ser "equilibrada" somente quando se matar por dentro. Mulher é
movimento! Mulher é éter! Quando você pensa que está aqui, ela já está
lá, ela já se foi, já se transformou, a alquimia já se fez.
Mulher veio pra desequilibrar, desestabilizar, intuir, duvidar, verbalizar, confrontar...
Ela não pode ser "normal". Ser "normal" vai sufoca-la!
Ela é anormal!
Ela é desencaixada!
Ela tem todo o Universo dentro dela... E dá à luz a todo instante...
Como pode ser "normal"?
Mulheres não são de paz. Mulheres são de totalidade!
Mulheres não se tornam "Mestres". Mulheres assumem a Deusa.
(Nina Zobarzo)
Se depender de mim nunca ficarei plenamente madura, nem das idéias, nem no estilo, mas sempre verde, incompleta, experimental.
(Gilberto Freyre)
Comparação é o ladrão da felicidade,.
Não me compare, pois sou singular.
Elisabete coelho