sábado, 19 de agosto de 2017

Para que serve o sábado de quem trabalha a semana inteira? Quantas respostas possíveis…mas nenhuma me dá mais satisfação pessoal do que aquela que eu tenho me dado: sábado serve, entre outras coisas, para cuidar de mim. Fazer as unhas, cuidar do cabelo, planejar uma viajem e depois entregar-se ao prazer da leitura e um bom café. Um dia inteiro para amar-se sem distrações.
Reflito sobre algumas mulheres que se cuidam apenas para seus parceiros e, quando estes não estão por perto, parecem perder a energia da vida; o contato com si mesmas; a capacidade de reverter amor na sua própria direção.
Como se desconhecessem o fato que o olhar-se no espelho e decidir cuidar da pele, perder uns quilos, ousar num novo corte de cabelo para agradar a si e a mais ninguém são ingredientes da alquimia entorpecente de um amor que, quando fortalecido, nunca morre: o amor próprio. Parecem desconhecer que sem este, aquele não existe. Pelo menos não de forma sã.
Reflito sobre a delícia de amar os momentos de solidão sem sentir-se solitário. E ao invés de temê-los, buscá-los como momentos de comunhão com sua individualidade, seus anseios, seus sonhos mais infantis ou ousados.
Penso na beleza de estar em companhia pelo prazer de estar e não pela necessidade ou conveniência. Penso nisso e dou as boas vindas à maturidade emocional que tem enfiado o pé na porta da mulher que sou, não obstante meus ensaios de resistência, afinal, ser menina requer menos responsabilidade e sempre alguém “que cuide de você” de modo que você não precise fazer o trabalho duro…
Reflito e desprezo o medo de ser grande, acolhendo a vulnerabilidade de ser adulto e o fato de que nada é permanente. Reconheço, com o coração na boca, que a beleza da vida está exatamente aí: no seu movimento!
Aos poucos me despeço do desejo de “tranquilidade” permanente e descubro que braquicardia é para covardes. Vou encarar a taquicardia porque é disso que sou feita: movimento, ousadia e emoção.
(Lucy Rocha)

terça-feira, 15 de agosto de 2017

"A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.

A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.

A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.

A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: "Aprenda com o erro"..

A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!

A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e, portanto, é Deus.

A religião inventa.
A espiritualidade descobre.

A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.

A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.

A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.

A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.

A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.

A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência...

A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.

A religião alimenta o ego.
A espiritualidade nos faz Transcender.

A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.

A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.

A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.

A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida. 


Pierre Teilhard 
Não peçam pra uma mulher ser "equilibrada"
Uma mulher não veio a este mundo pra ser "equilibrada"
Uma mulher veio a este mundo pra sentir!
Sua natureza a obriga, no mínimo, uma vez por mês a olhar pra dentro, a questionar seu estado emocional, a avaliar o quanto está sendo influenciada pelos hormônios, pela Lua, pelo posicionamento dos astros, ou por aquela pessoa no trabalho que ela intui que está jogando energias nocivas pra cima dela faz tempo.
Uma mulher tem um pé no visível e outro no invisível.
Mesmo que não aceite, o invisível mexe com ela a todo instante. Seu lado bruxa pode ser negado, mas sempre está presente influenciando suas percepções.
Uma mulher não veio a este mundo pra ser "normal". Quando se obriga a isto, deprime-se, desenvolve síndromes que nada mais são do que sua alma gritando: "Pára de me aprisionar! Pára de desenvolver um papel! Você não está sendo você mesma!".
Uma mulher que não se aprisiona vai amar e sentir raiva um minuto depois.
Vai acolher e dizer adeus quando sentir que este é o caminho.
Vai ser pai e mãe. E, ah, vai rugir quando alguém se aproximar de seus filhos.
Ser "normal" não é pra mulher.
Deuses não são "normais".
Portanto, não peçam pra uma mulher ser "equilibrada". Uma mulher vai ser "equilibrada" somente quando se matar por dentro. Mulher é movimento! Mulher é éter! Quando você pensa que está aqui, ela já está lá, ela já se foi, já se transformou, a alquimia já se fez.
Mulher veio pra desequilibrar, desestabilizar, intuir, duvidar, verbalizar, confrontar...
Ela não pode ser "normal". Ser "normal" vai sufoca-la!
Ela é anormal!
Ela é desencaixada!
Ela tem todo o Universo dentro dela... E dá à luz a todo instante...
Como pode ser "normal"?
Mulheres não são de paz. Mulheres são de totalidade!
Mulheres não se tornam "Mestres". Mulheres assumem a Deusa.
(Nina Zobarzo)

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Se depender de mim nunca ficarei plenamente madura, nem das idéias, nem no estilo, mas sempre verde, incompleta, experimental.

(Gilberto Freyre) 

 

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Comparação é o ladrão da felicidade,.
Não me compare, pois sou singular.

Elisabete coelho