sexta-feira, 22 de setembro de 2017

CARTA DE UM CIDADÃO UNIVERSAL
Hoje eu me lembrei…
Que não sou branco, negro, amarelo ou vermelho.
Eu sou um cidadão do universo, no momento, estagiando como ser humano na Terra.
Hoje eu me lembrei…
Que não sou homem ou mulher, gay, lésbica, transexual, bissexual, nem alto ou baixo.
Eu sou uma consciência oriunda do plano extrafísico, uma centelha vital do Todo que está em tudo!
Hoje eu me lembrei…
Que tenho a cor da Luz, pois vim lá das estrelas.
E sei que o meu tempo aqui na Terra é valioso pra minha evolução.
Hoje eu me lembrei…
Que não há nenhuma religião acima da verdade.
E que o Divino pode se manifestar de formas diferentes.
Hoje eu me lembrei…
Que só se escuta a música das esferas com o coração.
E que nada pode me separar do “Amor Maior Que Governa a Existência”.
Hoje eu me lembrei…
Que espiritualidade não é um lugar, ou grupo ou doutrina.
Na verdade, é um estado de consciência do Ser.
Hoje eu me lembrei…
Que ninguém compra Discernimento ou Amor.
E que não há progresso consciencial verdadeiro se não houver esforço na jornada de cada um.
Hoje eu me lembrei…
Que o dia em que nasci não foi feriado na Terra.
E no dia em que eu partir, também não será!
Hoje eu me lembrei…
Que tudo aquilo que eu penso e sinto se reflete na minha aura.
E que minhas energias me revelam por inteiro (logo, preciso crescer muito, para melhorar a Luz em mim).
Hoje eu me lembrei…
Que não vim de férias para o mundo.
Na verdade, vim para aprender e trabalhar (e também para vencer a mim mesmo nas lides da vida).
Hoje eu me lembrei…
Que não sou o centro do universo e que, sem a Luz, eu não sou nada!
Sem Amor, o meu coração fica seco… e sem a espiritualidade, o meu viver perde o sentido.
Hoje eu me lembrei…
Que ninguém sabe tudo e que conhecimento não é sabedoria.
Todos nós somos professores e alunos uns dos outros (e, acima de tudo, o Mestre de todos, o Grande Arquiteto Do Universo).
Hoje eu me lembrei…
Que não nasço nem morro, só entro e saio dos corpos perecíveis ao longo da evolução.
Hoje eu lembrei que sou mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
Hoje eu lembrei que sem Amor ninguém segue e que, meu mantra é Gratidão!

Wagner Borges

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

La Belle De Jour
Alceu Valença


Ah hei! Ah hei! Ah hei!
Ah! La Belle de Jour!
Ah hei! Ah hei! Ah hei!

Eu lembro da moça bonita
Da praia de Boa Viagem
E a moça no meio da tarde
De um domingo azul
Azul era Belle de Jour
Era a bela da tarde
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!

Eu lembro da moça bonita
Da praia de Boa Viagem
E a moça no meio da tarde
De um domingo azul
Azul era Belle de Jour
Era a bela da tarde
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!

Belle de Jour!
Oh! Oh!
Belle de Jour!
La Belle de Jour
Era a moça mais linda
De toda a cidade
E foi justamente pra ela
Que eu escrevi o meu primeiro blues

Mas Belle de Jour
No azul viajava
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul

La Belle de Jour!
La Belle de Jour!

Eu lembro da moça bonita
Da praia de Boa Viagem
E a moça no meio da tarde
De um domingo azul
Azul era a Belle de Jour
Era a bela da tarde
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!

Eu lembro da moça bonita
Da praia de Boa Viagem
E a moça no meio da tarde
De um domingo azul
Azul era a Belle de Jour
Era a bela da tarde
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!.

Belle de Jour!
Oh! Oh!
Belle de Jour!

La Belle de Jour
Era a moça mais linda
De toda a cidade
E foi justamente pra ela
Que eu escrevi o meu primeiro blues

Mas Belle de Jour
No azul viajava
Seus olhos azuis como a tarde
Na tarde de um domingo azul
La Belle de Jour!
Ah hei! Ah hei! Ah hei!
Ah hei! Ah hei! Ah hei!

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Todas as vezes que destruíram meus sonhos, eu os refiz. Um por um. Costurei todas as partes, colei todos os cacos, pintei todas as lacunas, até que, contente, os vi refeitos.
E quando não foram os meus sonhos, mas eu a ser diminuída. Sangrei minhas dores, chorei minhas feridas, mas cuidei de cada uma delas para, depois de tudo, me ver ainda mais forte.
Pois, não sou de vidro, para me quebrar e morrer no piso da desesperança. Não sou de pano para que me façam de trapo e pano de chão. Não sou de ferro, para virar faca e espeto.
Eu sou de carne. Sou de carne, osso e sentimento. E chorei por dentro todos os gritos que me forçaram os ouvidos. Estremeci pelas acusações grosseiras. Pela falta de amor. Mas não caí, pois não sou castelo de cartas que se desfaz com um sopro, tão pouco um de areia que pode ser estupidamente pisoteado.
Tenho paciência de sobra, mas o tempo me ensinou que é melhor tomar distância de quem não me estima.
Sigo então meu caminho, reconstruindo meus alicerces em outros cantos. Cantos gentis nos quais borboletas não apenas voam, mas dançam.
Não tenho mais medo de buscar no mundo novos caminhos. Não tenho mais medo de me fazer bonita e soltar meu coração, como quem solta um cão encoleirado, em um grande parque repleto de flores lindas e selvagens.
E quando permito que meu coração corra de um lado para o outro, animado e exultante, esqueço das coisas ruins e sigo em frente.
Se me gritam ao longe, como quem grita uma blasfêmia. Faço que não é comigo. Não dou mais bola para quem ofende. Quero distância dos que gostam de ser os donos da verdade. Não quero ser dona de nada, nem de ninguém. Fui despertada de um sonho por um príncipe que saiu para comprar cigarros e não voltou. Os contos de fada não me cabem mais.
Por favor, não me chamem de princesa. Eu cresci. Virei rainha de mim. Não vivo mais nesse reino no qual um rei profano perambula na barriga das pessoas. Não quero ter razão. Quero ter paz para viver tudo que sou.
 
Vanelli Doratioto

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Poema
Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
(Victor Hugo)