segunda-feira, 25 de agosto de 2014

"És livre na luz do Sol e livre ante a estrela da noite.
E és livre quando não há Sol, nem Lua ou estrelas.
Inclusive, és livre quando fechas os olhos a tudo que existe."
Khalil Gibran

''As grandes dores são mudas''.
Khalil Gibran


O amor é a única flor que desabrocha sem a ajuda das estações.
Khalil Gibran


O Profeta

Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão:
Que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas.
Encheis a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça.
Dai de vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vos estar sozinho,
Assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.

Dai vossos corações, mas não confieis a guarda um do outro.
Pois somente a mão da vida pode conter nossos corações.
E vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia;
Pois as colunas do templo erguem-se separadamente,
E o carvalho e o cipreste não crescem a sombra um do outro.

Khalil Gibran



quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Eu me cerco de pessoas que conhecem o meu valor, não preciso de muitas pessoas para ser feliz, apenas das poucas e verdadeiras que apreciam o que eu sou. 

(Elisabete Coelho)


O amor acontece quando aceitamos as nossas imperfeições e as imperfeições do outro.

Elisabete Coelho



Eu sou imensurável para ser definida em palavras.

(Elisabete Coelho)


sexta-feira, 15 de agosto de 2014


 Nem sempre podemos nos proteger, pois não sabemos quem pode nos ferir.

(Elisabete Coelho)


"Mesmo quando eu estava no orfanato, quando percorria as ruas tentando encontrar algo de comer para me manter vivo, mesmo então pensava em mim como o maior ator do mundo. Eu tinha de sentir a exuberância que é fruto da absoluta confiança em si mesmo."
Charles Chaplin

Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror.

Charles Chaplin



quinta-feira, 14 de agosto de 2014

“Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. Sobrenome, joias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. Educação enferruja por falta de uso.”

Martha Medeiros





Simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.

Martha Medeiros


Admiro a humildade das mariposas que suportam a claustrofobia do casulo, a dor da metamorfose natural, apenas para desfrutarem da breve liberdade e do calor emanado pelas lâmpadas nuas que iluminam aquilo que nasceu para ser escuro...Nós vivemos uma longa vida, repleta de tempo perdido, em um lugar chamado Engano. Gostaria de não escrever sobre isso, mas vejo uma da minha janela, fazendo círculos e círculos em volta do poste em frente à minha casa. Não percebo hesitação em seus movimentos, mesmo que sejam por puro instinto. Nós precisamos de GPS para nos deslocar na cidade em que nascemos. Somos vizinhos estranhos, tão íntimos quanto a raposa e o cordeiro. Desconhecemos a paz porque temos, por natureza, um coração belicoso. Uns mais, outros menos, mas não neguemos isso, por favor, só pioraríamos as coisas. Como as mariposas, mudamos com nosso “casulo” chamado dor, mas nem sempre para melhor. Temo sair de casa e encontrar estas pessoas que se recusam a perceber que estão erradas. O trânsito mata. Uma simples discussão no trânsito, mata. Por que não circulamos, então, em volta da luz? Talvez descubramos que coisas simples e, a princípio, sem sentido possam nos proporcionar boas gargalhadas. Pessoas que sorriem com frequência são belas mariposas.

Nyssa Schuwartz



quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Quero a Delícia de um amor tranquilo!

Nunca entendi algumas pessoas na vida. Aquelas que gostam de batata frita com sorvete. As que preferem cidade à natureza. As que mandam indireta no Facebook. Mas se tem um grupo de pessoas que me deixam mais confusa ainda, são aquelas que gostam de amores turbulentos.

Esse tipo de gente que é viciado numa briga. Que acha o melhor sexo do mundo aquele de reconciliação. Que usa a criatividade para inventar coisas que não existem só pra poder soltar faísca. Que tem orgasmos ao ganhar uma discussão. Que fuça no celular do outro torcendo pra achar qualquer motivo pra pegar no pé. Que tem como esporte preferido jogar coisas na cara. Que acha que um amor “tranquilo com sabor de fruta mordida” só é bom mesmo na voz do Cazuza.
Você com certeza conhece pessoas assim, ou quem sabe, pode ser uma delas. Não me leve a mal, mas é que sempre tive uma curiosidade enorme de entender como o cérebro dessas pessoas funciona. O que motiva essas pessoas a gostarem de relacionamentos no qual a guerra impera? Tem gente que acha que brigar todo dia ou toda semana é normal. Que acha normal levantar a voz para o outro, xingar a mãe, quebrar pratos, dizer um monte de barbaridades, e depois ir dormir abraçado de conchinha.
Minha teoria é que essas pessoas são viciadas na adrenalina gerada por uma briga. Elas são viciadas na sensação de fragilidade e só dão valor quando se lembram de que nada é verdadeiramente seguro. Gostam de ter a sensação de que tudo pode acabar no próximo instante. Se sentem que tudo está bem, que o mar anda calmo, sem ondas, uma piscina, começam a se sentir entediadas e acham logo um jeito de trazer uma tempestade para mudar os ares.
Assim como não entendo – mas respeito – as pessoas que gostam de batata frita com sorvete, respeito as que sofrem de abstinência quando ficam muito tempo sem brigar. Cada um sabe a dor e os prazeres de ser quem é, e ainda bem que existe livre arbítrio no mundo. Eu, no entanto, sou do time que adora um amor tranquilo.
Sou viciada mesmo é na calmaria de uma conchinha. Num abraço de bom dia seguido de um “que-bom-que-você-tá-aqui”. Na saudade antes mesmo de partir. No sexos de amor, e não de reconciliação. Na sensação de poder se jogar com a certeza de que o outro vai te segurar. No cafuné na cabeça com colo macio depois de um dia áspero. Nas madrugadas de conversa que passam sem ver – e que só acabam quando o sol vem te lembrar que é hora de dormir. No encaixe dos corpos sem que só faíscam de tanto amor. Na troca de elogios. No descompasso do coração – de paixão, e não de ódio. Na sensação de entregar o coração na mão do outro e ter certeza de que ele vai cuidar tão bem como se fosse o dele. Nas declarações de amor deixadas no espelho. No desafio de se reapaixonar todos os dias – e ter a certeza de que é possível.
E no fundo acho mesmo que quem diz que gosta de amores turbulentos é porque nunca viveu a delícia de um amor facinho. Porque de guerra, o mundo já está cheio.

Jaque Barbosa




Se você nasceu pobre, não foi a luta para adquirir um pouco mais de bens materiais, ninguém tem culpa a não ser você mesmo.

Elisabete Coelho


Das pedras

Ajuntei todas as pedras
Que vieram sobre mim
Levantei uma escada muito alta
Eno ato subi
Teci um tapete floreado
E no sonho me perdi
Uma estrada,
Um leito,
Uma casa,
Um companheiro,
Tudo de pedra
Entre pedras
Cresceu a minha poesia
Minha vida...
Quebrando pedras
E plantando flores
Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude dos meus versos
Cora Coralina


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Não sei até que ponto é bom ou ruim nos mostrarmos preocupados com alguém pois, quando demostramos preocupação, na maioria das vezes não somos reconhecidos e algumas pessoas logo pensam que deve ser por interesse e além de não valorizarem a tua preocupação, te desprezam! Por outro lado quando não nos mostramos preocupados somos taxados de egoístas. Enfim o ser humano é mesmo um bicho complicado!

Elisabete Coelho



sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Quando você se afastou de alguém e esse alguém não correu atrás, não significa que você tenha feito a melhor escolha, talvez essa pessoa pode ter sido vencido pelo cansaço de não ter sido valorizado!

Elisabete Coelho

Nada de se culpar agora. Não te culpa. Não me culpa. A gente não tem culpa. Eu e você fizemos o certo. Ou o que parecia ser o certo naquela hora. Depois, bem depois, vem o tempo e nos mostra a verdade como se fosse um passo de dança. Suave, intenso, inteiro. Ele vem e mostra. E aí a gente olha para trás e pergunta: por que não agi diferente? Porque você não tinha o conhecimento que tem hoje. Não tinha a maturidade deste momento. Não te culpa. Não me culpa. A gente não tem culpa.

— Clarissa Corrêa



quarta-feira, 6 de agosto de 2014

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” 

Amyr Klink


                            Das Vantagens de Ser Bobo

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."
Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.


Clarice Lispector


“Classe é algo que você vê, sente, ao invés de definir, você pode percebê-la nos homens também, em animais. você a enxerga em alguns artistas do trapézio enquanto caminham sobre o picadeiro. alguma coisa no andar, nos gestos. eles tem alguma coisa dentro e fora, mas é principalmente dentro e faz o exterior trabalhar.”

Charles Bukowski